sábado, 17 de abril de 2010

Somos de una vida corta, sabemos...

Como Somos

Piero

Como se nos van los años
Ahora cuesta recordar
Y tenemos mas edad
Ahora somos un cuaderno
De recuerdos arrugados
Y nos vamos a un entierro
De una amigo que tuvimos
De un amigo que esta muerto.

Todo tenemos parientes, tenemos
Todos por algo lloramos, lloramos
Somos de una vida corta, sabemos
Todos siempre nos buscamos.

Como se arruga la piel
De nuestros seres queridos
Como por las bocas viejas
Se nos van yendo las venas
Menos palabras tenemos
Somos menos inocentes
Y como vamos creciendo
Para se después la gente.

Todo tenemos parientes, tenemos
Todos por algo lloramos, lloramos
Somos de una vida corta, sabemos
Todos siempre nos buscamos.

Como explicarnos el viento
Que nos pega en este invierno
Como explicarnos la muerte
Que llega y es un recuerdo
Somos como barrilete
Que vuela y se rompe en flecos
Somos con la tristeza
Que llega otoño y nos deja.

Todo tenemos parientes, tenemos
Todos por algo lloramos, lloramos
Somos de una vida corta, sabemos
Todos siempre nos buscamos... Amamos... Lloramos... Peleamos...
Salvemos...

Video e música :
http://www.youtube.com/watch?v=Bx5LUdDyyuQ

Paulo G Muller

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Márcia - Um Amor Infindável

Já começaram a chegar e-mails com agressões gratuitas de pessoas que nada sabem sobre nós e muito menos de você, além de duvidarem da sua inteligência ou maximizarem a minha. Onde está a VERDADE que tanto procuram? Ora nunca vão encontrar fora o que sempre está e estará no interior do ser humano, e é algo VIVO e não inerte e que alguns acham que pode ser encontrado por aí..... E ainda afirmam que te conhecem ou te conheceram, sem nunca terem efetuado nenhum tipo de troca contigo e na VERDADE somente tiraram e usaram de seu conhecimento para atingir algo que acham interessante para suas vidas. Não tem idéia que AMOR, não é moeda de troca e sim de doação, simples assim sem muita explicação. Hoje pago e PAGO um valor alto por ter agido da forma como agi e violentando a área profissional, mas não me arrependo um momento sequer, porque tive a chance e oportunidade de conhecer uma MULHER que não sabia que existia dentro de você e de viver um AMOR e carinho que não sabia que existiam. Não as culpo de nada e tampouco julgo suas atitudes ou palavras( quem sou eu...), porque não irão achar no ocultismo ou em livros (ditos) espíritas a verdade e paz que tanto procuram, porque fora de si mesmas nada encontrarão.

Estive no Sul por uns dias, porque meu primo ofereceu a oportunidade de ser seu padrinho de casamento, fato que muito me lisonjeou.

Achei que viajando poderia alterar a rotina e quebrar o casco de gelo que me envolve. Ledo engano. Tentei ao longo de 5 dias e por 15 vezes fazer a mala e organizar badulaques, mas acabava voltando para a janela a procura de algo.

Resolvi parar de tentar organizar e joguei tudo para dentro como se fosse um saco de compras de supermercado, peguei o Terno, uma camisa preta e um lenço vermelho ( não sei porque ) e coloquei em um daqueles suportes para transportar em viagens.

Sempre viajo com assento na janela direita e a frente da asa para poder olhar a paisagem (tolice, as lágrimas já não deixam mais). O vento estava em direção contrária ao normal, e o avião passou pela Baía de Guanabara. Quando vislumbrei os prédios da Morada do Sol fiquei procurando por algo que sabia que não estaria mais lá, mas assim mesmo meu olhar não obedeceu. Em outras tantas vezes fazia uma última ligação(proibida pela aviação) e ela dava umas boas risadas e o som delas ecoavam por um bom tempo durante o voo... - Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado e Barra foram ficando para trás, e meus pensamentos tentando juntar os pedaços espalhados por todos os recônditos daquela coisa que está acima de meus ombros.

Assim que cheguei em POA meu 1o. impulso foi o de efetuar uma ligação para o RJ. Mas ligar para quem..., saí do automático e caí na real. Não tinha mais para quem ligar, ou tinha, mas não para quem eu queria.

O Casamento foi como tantos outros, há não ser por ser especial e do meu primo muito querido e com pessoas muito agradáveis e por dois lances interessantes: Minha Prima Eneida teve uma das alças do vestido com problemas e tirei o alfinete tipo grampo do lenço vermelho ( descobri o motivo ) e minha irmã Eliane resolveu o problema. O outro lance foi no altar em que o Padre durante um ato da cerimônia chamou os pais do noivo e pediu que a mãe da noiva, acompanhada de seu irmão..... OPS... e o seu esposo ficou sorrindo..... Passada a gafe tudo voltou ao normalllllllll. A festa / recepção foi excelente e claro para entrar no clima tive que calibrar os pneus em primeiro lugar...

O sinal de celular na casa de minha mãe oscila muito, porém duas quadras a direita ou à esquerda o sinal é perfeito. Por quatro noites consecutivas saí de casa para verificar se haviam recados ou mensagens na caixa postal..., a mente me pregando peças o tempo inteiro. Os dias e noites não foram melhores e tampouco piores que os daqui, porém em uma noite eu quebrei e não consegui segurar. A mãe já tem mais de 80 anos e não é justo que ainda passe por preocupações, e eu tentei, tentei mesmo controlar todos meus atos e pensamentos, mas não consegui.

Em uma das conversas com minha irmã refleti sobre a possibilidade de retornar ao Sul para exercer a advocacia. Porque aqui no RJ havia parado por muito tempo minhas atividades jurídicas ( consultoria principalmente ) e também teria que reiniciar todo um caminho para organizar tudo novamente. E Lá como cá os caminhos a serem percorridos não seriam diferentes. Mas acho que poderia magoar muito minha mãe, nos momentos em que entrasse em parafuso.

Não sei, não sei, realmente não sei o que fazer.

A volta foi ainda mais dura. O avião faz a curva e ao longe estão os prédios da Morada do SOL e instintivamente tento localizar seu bloco e sua janela.... Ligo o celular e mais uma vez um RAIO rasga meus pensamentos. Sempre havia um abraço gostoso e um cheiro especial me esperando, sua pele, seu toque, sua maciez e principalmente seu sorriso eram fontes de alegria e candura. Fico a rodar pelo aeroporto sem a mínima vontade de sair de lá, porque não tenho para onde ir. Aliás até tenho, mas lá você não está. E a certeza de não encontrá-la torna-se minuto a minuto mais cristalina e real. E ainda tem o Buck(foto no final do blog) que fazia uma festa como se pressentisse que eu nunca mais voltaria e que ele não me veria mais. E era difícil lhe abraçar e dar atenção, porque ele não permitia e queria atenção exclusiva, mas após algum tempo, tendo a certeza que eu não sairia, logo tornava a se enroscar em seus pés, fato aliás que com o tempo ficou confuso, porque quando colocavas seus pés em meu colo para serem massageados ( se é que aquilo era massagem.... ) ele subia no sofá e se enroscava na parte superior do encosto do sofá tentando achar seu ombro para colocar a cabeça...

Rasgo, estraçalho, esmago, espalho todos meus pensamentos mas eles insistem em se reorganizar e não me deixam esquecer quem me faz tanta falta.

Márcia como eu te amo, como eu te amo, amo, amo, amo, amo, amo, amo...



** O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. **
( Fernando Pessoa )

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Paulo G Muller